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15/11/2019

Vinho e suas rolhas

Degustar um bom vinho começa com o ritual de abrir a garrafa e que faz parte de toda a experiencia.
A rolha de cortiça é utilizada desde o século XVII e é um elemento diretamente ligado à história do vinho. Além de vedar as garrafas, ela protege o vinho de contaminações e oxidações.
A cortiça vem da casca Sobreiro, uma espécie de carvalho muito comum no sul de Portugal. Um sobreiro demora 25 anos para dar sua primeira colheita e depois, a cada nove anos, sua casca de cortiça pode ser retirada novamente.
Além de possuir uma excelente capacidade de conservação, sua microporosidade permite que o vinho “respire”, o que a torna ideal para um bom envelhecimento dos vinhos de guarda.
Como desvantagem, os vinhos vedados com cortiça precisam de um armazenamento mais cuidadoso, para que ela não resseque e venha a estragar o vinho, razão pela qual as garrafas devem ser guardadas sempre deitadas para que as rolhas fiquem em contato com o líquido.
Outro problema da rolha de cortiça é a possibilidade de contaminação por TCA (tricloroanisol), uma substância química liberada quando a rolha é atacada por um fungo, provocando aromas de mofo no vinho. 
Estima-se que 2 a 5% dos vinhos vedados com rolhas de cortiça podem ter problemas causados pelo TCA. Esta á a razão pela qual o sommelier deve sempre nos oferecer a rolha para que possamos cheirá-la. Se o aroma de mofo estiver presente, pode-se recusar o vinho.
Vinhos contaminados pelo TCA são chamados popularmente de "bouchonné" (em francês), “corked” (em inglês) ou simplesmente “com rolha”, como em Portugal.

Contudo, hoje com os avanços da tecnologia e da indústria preocupada com a escassez desta matéria prima e com o equilíbrio do seu ecossistema, a grande maioria dos viticultores no mundo todo vem utilizando um maior número de rolhas alternativas.

Depois da rolha de cortiça maciça, a mais barata é a rolha de aglomerado de cortiça. Feita de cortiça moída, com sobras da produção de rolhas maciças, utilizando cola especial. As vezes esta cola pode passar aromas indesejáveis ao vinho, razão pela qual alguns produtores adicionaram um disco de rolha maciça na parte que fica em contato com o vinho. Esta rolha costuma ser utilizada para vinhos mais jovens e que não evoluem com o tempo de guarda.
Outra alternativa é a rolha sintética que chegou ao mercado na década de 90. São mais baratas que as rolhas de cortiça e imunes à contaminação por TCA. Podem ser coloridas e permitem que a garrafa seja guardada em pé. 
A tampa de rosca, ou “screwcap”, foi introduzida nos anos 60 na Austrália e Nova Zelândia. Trata-se de uma tampa de rosca metálica revestida por um material plástico inerte que veda perfeitamente a garrafa e é também muito utilizada para outras bebidas, sucos e até água mineral. 
Hoje é largamente utilizada por produtores especialmente no novo mundo, inclusive para vinhos brancos mais caros e que não precisam evoluir com o tempo de guarda. Totalmente livre da contaminação por TCA, fácil de abrir, dispensando o uso de saca-rolhas, causando certa rejeição aos bebedores mais tradicionalistas.
As rolhas alternativas serão cada vez mais utilizadas, ficando a tradicional rolha de cortiça de qualidade, destinadas aos vinhos mais nobres e que precisam de tempo de evolução.

 

Saúde !