Sacola de Compras

* Calcule seu frete na página de finalização.

* Insira seu cupom de desconto na página de finalização.

22/06/2021

A maravilhosa e versátil Riesling!

Apesar de vivermos em um país tropical, o consumo de vinhos brancos no Brasil ainda é pequeno se compararmos com países da Europa e até mesmo da América do Sul. Eu particularmente adoro brancos e procuro sempre experimentar vinhos diferentes e sair um pouco das castas mais conhecidas.
E recentemente resolvi voltar à provar mais vinhos feitos com a uva Riesling, casta que talvez tenha sido uma das pioneiras nas mesas dos brasileiros quando o Brasil iniciou a importação de vinhos no inicio dos anos 90. Creio que muitos se lembram do “vinho da garrafa azul”, que foi uma estratégia de marketing de uma grande importadora brasileira. Os primeiros Rieslings que invadiram nosso mercado eram os semi-doces e de menor qualidade em função do baixo preço, e depois injustamente caíram no nosso esquecimento.

A maioria dos principais críticos internacionais de vinho aponta a Riesling como a principal uva branca do mundo, superando até mesmo a famosíssima Chardonnay e a clássica Sauvignon Blanc.  Esta casta de origem alemã, cujos primeiros registros são da Idade Média, é capaz de produzir grandes vinhos desde secos até doces, sendo boa parte deles com enorme potencial de envelhecimento.

Outra grande característica da Riesling é a capacidade dessa cepa de traduzir o terroir em que está plantada. Ela reflete o vinhedo com transparência, de uma forma que nenhuma outra variedade é capaz. Por esse motivo, definir aromas e sabores não é tarefa simples, mesmo em lugares onde seu cultivo é tradicional, como nos vales dos rios Reno e Mosel, na Alemanha e na Alsácia, regiões muito próximas mas que produzem Rieslings com personalidades bastante diversas.

Podemos dizer que os aromas e sabores da Riesling são únicos. Os aromas primários mais encontrados são: petroláceos, minerais , frutas brancas (maçã verde, pêra, pêssego e damasco), floral (flores brancas e amarelas, pétala de rosas).

Na boca, a principal característica é a acidez destacada com uma textura envolvente, álcool equilibrado em corpo médio para maior. Os aromas de boca dependem muito do estilo do vinho (seco, semi-doce, doce, espumante).

Os alemães costumam ser mais leves e com tons florais. Já os franceses tendem a um vinho mais denso e complexo. Contudo, a Riesling pode apresentar aromas minerais bem marcados, algo terroso, muitos tons florais e até algumas especiarias e notas apimentadas. Na boca, pêssego e maçã-verde, além de frutas cítricas, costumam aparecer.

A Alemanha é o berço da Riesling, mas ela se espalhou pelo mundo, pois é uma vinha muito estável. Mesmo havendo mais de 60 clones diferentes disponíveis, eles não apresentam grandes diferenças entre si, e a capacidade de produzir vinhos desde secos até doces (incluindo espumantes) é um grande atrativo.

Suas principais regiões produtoras dentro da Alemanha são: Mosel, Pfalz, Rheingau e Nahe.

Depois da Alemanha, a Alsácia é a zona mais tradicional da casta. Em seguida, podemos encontrar grande produção de Riesling na Austrália, Áustria, Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos e Chile.

 

E como sempre digo, a melhor parte é experimentar!

Saúde!