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18/06/2021

Abrir ou guardar? Eis a questão.

Além da enorme oferta de rótulos disponíveis em nosso mercado, as diferentes origens, produtores, variedades de uvas e safras, há também o momento ideal de se abrir cada garrafa.

Isto pode parecer uma questão complicada, mas esta infinita possibilidade de combinações com diferentes resultados é justamente o lado mais encantador do vinho. Tudo se trata de mosto de uvas viníferas fermentadas, que podem produzir e nos disponibilizar milhões de resultados possíveis, dependendo da qualidade do solo, clima, daquela particular safra e dos métodos de vinificação (que inclui tempo de barrica etc...)

O vinho é basicamente fruta que está em constante evolução e possui um ciclo de vida. Dentro desse ciclo de vida, é possível afirmar que há um período que se encontra no auge, em seu momento ideal bebê-lo e aproveitar ao máximo o prazer que esta garrafa poderia oferecer.

Mas como saber o momento exato? É praticamente impossível se determinar com precisão o momento exato, mas há alguns fatores essenciais que devemos observar: a origem (região), o produtor e qualidade da safra.

Conhecendo à origem, já podemos ter uma boa noção se o vinho é de “guarda” ou não. Por exemplo, os grand crus de Bordeaux ou os grandes Barolos precisam de um longo período de guarda. E em princípio, sabemos que os vinhos do novo mundo podem em geral, ser bebidos mais jovens.

Conhecendo também o produtor podemos separar os grandes vinhos que necessitam de tempo ou os que podem ser consumidos de imediato. A grande maioria dos produtores, possuem linhas de produtos diferentes, sendo os de topo de gama (normalmente mais caros) os que necessitam de tempo na garrafa. Estes mesmos produtores divulgam amplamente as notas de degustação e da safra para orientar os enófilos.

A qualidade da safra já traz em sua avaliação, além das condições climáticas de determinada região, o desempenho das variedades de uvas emblemáticas dessa região e o consequente desempenho dos taninos, acidez e açúcares (fatores-chave que influenciam na capacidade do bom amadurecimento do vinho).

Hoje temos um farto material de importantes revistas e críticos internacionais que provam constantemente vinhos de vários produtores e publicam suas notas degustação com o “Drinking Window” (tempo mínimo e máximo) de cada vinho. Além de vários sites na internet, há aplicativos como Vivino, Cellar Tracker e WS (Wine Spectator App). Só para se ter uma ideia, muitos especialistas até declaram que as safras de Bordeaux 2011, 2008, 2007, 2006 e as anteriores à 2005, possam ser apreciadas agora. Mas sugerem fortemente não abrir as garrafas 2009 e 2005 pois foram safras magnificas com muita estrutura e precisam de mais tempo para atingir o seu melhor ponto.

Uma regra básica geral:  os vinhos mais caros, que normalmente são dos produtores de renome, necessitam de guarda para chegar ao seu auge e, portanto, é importante conhecer o momento de abri-lo para não cometer um “vinocídio”. Em geral estes vinhos podem precisar de 15 anos ou mais para chegar no ponto, dependendo da safra.

Busque sempre informações com o seu fornecedor, pois ele tem a obrigação de saber orientá-lo. E se você não tem adega ou um espaço adequado para guardar vinhos e esperar que amadureçam, deve comprar vinhos que estejam mais prontos para beber.

E aí vem um outro detalhe importante: não passar do ponto e depois de tanto tempo de guarda descobrir que o vinho virou vinagre. As vezes guardamos aquela garrafa especial por muitos anos e podemos ter uma grande decepção ao abri-la.

Como dizia o sábio: “É melhor abrir a garrafa um dia antes do que um dia depois”.

Saúde!